Em terra de valente
Onde se viu fumaça
Ilumina uma estrela
Que é a guia de Oxalá
Onde mora santo forte
Nasce amor da terra seca
Move pedra que é pesada
Tira o rio do lugar
Tem guerreiro que desperta
Com tanto sangue na veia
Nem o canto da sereia
Se ouve quando ele grita
Eu pedi licença pra sair e pra entrar
Dei bom dia pro Diabo,
E segurei na mão de Zambi
Boca fechada não entra mosquito!
Corpo fechado não entra demanda!
Sob o poder da criação eu quero ver quem manda aqui
E tem coragem pra provar
Pois quem fere a ferro e fogo um dia pode se queimar
Valente que mora longe
nunca pensa em se entregar
Quando abraça a terra santa,
cospe fogo da lembrança
Quando a vista se atrapalha,
segue o canto do trabalho
Quando o verbo não dá conta,
compreende seu lugar
Sente no seu corpo, a pele cora
Ferve o sangue, não demora
Põe pra fora seus temores
Deixa o dia se acabar